sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

24 de Dezembro de 2008

A justiça não foi justa,
Viveu da crueldade.
Partiste e tudo custa,
É triste mas é verdade.

Continuas cá dentro,
Bem vivo e flamejante.
Cresce ao sabor do vento,
Sê triunfante.


Lembras-te destas palavras ?
Se não, eu faço questão de te as relembrar mais uma vez, seguida de outra e ainda mais outra se for necessário. Lembro-as sempre que for preciso, para que não te esqueças mim, assim como eu nunca me esqueço de ti. Lembro-as a quem for preciso, a quem precisar que lhe seja relembrado, e faço isso porque tu mereces que saibam quem tu eras, que conheçam e de seguida, reconheçam o quanto foste, o quanto és e o quando serás importante. Lembro-as porque te amo. Lembro-as, porque a cima de todos os seres vivos que residem neste mundo, tu foste o tal. Lembro-as porque tu és o tal. Lembro-as, porque a cima de todos os tais que possam existir, tu foste o único que conseguiste realçar o teu valor, e assim o fizeste porque viste do que eu precisava. E esse precisar foste tu que me o deste, foste tu que me o proporcionaste. Resumindo: era de ti que eu precisava.
Dia 24 de Dezembro de 2010, faz hoje 2 anos que já não estás comigo. Faz hoje 2 anos, que a tua presença física se evaporou por completo. Faz hoje 2 anos que carrego o teu nome ao peito, esse que tu gravaste neste pequeno e mísero órgão que tu tornaste grande e único.
Eu sei que é apenas mais um texto, mais uma pequena partícula daquilo que de tão grande (ainda) tenho para te oferecer, como gratidão do que foste e do que (ainda) és para mim.
Todos os dias, depois de mais uma noite deitado sobre a esperança, acordo de mãos dadas com a saudade, e juntamente com ela, de mãos dadas, saio porta fora e olho para o céu na esperança de que uma brisa suave e quente, me traga o mais pequeno suspiro teu. Eu sei que não estás no céu, que não estás nas nuvens deitado a olhar cá para baixo, a observar como me comporto. Sei que não estás com “Deus” nem com “Anjos” nem nada do que se pareça. Sei isso bastante bem porque (ainda) te sinto a pairar sobre esta casa, voando ao sabor do vento, protegendo a minha alma. Nada me fará mal, porque tu estás comigo. Não só à minha volta, como dentro de mim. És mais que metade deste meu corpo, és mais que metade da(s) minha(s) personalidade(s). És mais de metade deste meu “eu”.
Podia agora falar de todas as nossas brincadeiras, de todas as nossas parvoíces, mas não. Não o vou fazer porque acho que já está na hora de ultrapassar essa fase. Está na hora de ultrapassar a Fase das Recordações. Está na hora, de esticar a perna e pisar novos horizontes, de novas visões, tudo a teu lado como é óbvio. Acredita ou não, mas eu não faço nada sem pensar em ti primeiro, nem nunca o farei. Foste e és um conselheiro. Foste e és um amigo. Foste e és a minha coragem. Foste, e és o Meu Rex.


Foste e és eu; Fui e sou tu.



Amo-te.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Improvisos 3

Se não me dizes o que és, para quê tanto paleio ?
Por favor vai-te embora, eu juro que não me chateio..
Não fales do que não sabes, não mintas sobre o que sentes,
Quanto mais palavras usares mais eu noto que tu me mentes..
Eu sei és muito, que és muito mais que 50%,
E tu mudaste-me, tornaste-me ciumento..
Mudaste-me e tornaste-me naquilo que eu não sou,
Eu não quero continuar assim por isso por mim acabou.
Sei que és outro; a minha segunda personalidade,
Mas isso não te permite de me esconderes a verdade.
É muito triste, pois olho-me ao espelho e vejo-te a ti,
Olhos com olhos escondes a vida que há em mim.
Não sejas egoísta, deixa-me governar,
Juntos na mesma pista saberemos comandar.



Estou sentado no autocarro, em direcção a casa,
Tenho vontade de escrever, e essa vontade não passa.
Mas ainda bem que não passa, pois hoje em dia toda ela é escassa,
E se ela não passa vou aproveitar e escrever sobre a nossa raça.
Sobre este nosso ser, que é considerado racional,
Podemos pensar mas não passamos de um animal.
Um animal agressivo, o rei dos predadores,
Reinamos como reis, reinamos como senhores.
O pódio é nosso, não interessa o primeiro, segundo ou terceiro lugar,
Somos como somos e isso não podemos mudar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Rex

Ainda me lembro do quanto gostava de ti, das tantas e inúmeras vezes que te o disse, olhos nos olhos. Ainda me lembro da tua espectacular boa disposição diária, independentemente do calor, da chuva, do frio e do vento. Ainda me lembro da tua voz a ecoar dentro da minha cabeça, como se me estivesses a tentar chamar à razão ao tentar chegar à minha consciência. Ainda me lembro das tantas e inúmeras vezes que dormiste ao meu lado, e que nos dias de mais frio, eu permitia que tu te enroscasses nas minhas mantas. Ainda me lembro das tantas e inúmeras vezes que me lembrei de tudo isto, só para tentar manter vivo o teu espírito dentro de mim, da minha memória.
Nunca cheguei a saber se fui a pessoa indicada para o papel a que fui submetido, e ainda hoje vagueio sobre essa mesma pergunta, que me intriga a cada dia 24 de cada mês. Tu partiste e como enigma, deixaste que essa questão se entranhasse confortavelmente na minha mente. Não te censuro, nem te julgo. Foi uma boa jogada da tua parte, não tenho dúvidas disso. Consegues manter a tua memória viva dentro de mim, mesmo não estando presente. Ainda por cima conseguiste fazê-lo a uma pessoa como eu, que não se prende às memórias do passado, nem mesmo quando o assunto se trata de um membro da família.

- Tu não pertences à família, rua. – estas foram as palavras “deles”.

Peço desculpa se só te estou a dizer isto agora, mas para mim pertences. Foste muito mais sincero e verdadeiro que muitos membros da minha família que ainda hoje vivem. Não foi justo partires, não foi. Mereces e merecias tudo; Tudo menos a morte.
As palavras que escrevi para ti, ainda estão guardadas, e de certo que irão estar até ao resto dos meus dias. Mais uma vez, relembro-tas:

A justiça não foi justa,
Viveu da crueldade.
Partiste e tudo custa,
É triste mas é verdade.

Continuas cá dentro,
Bem vivo e flamejante.
Cresce ao sabor do vento,
Sê triunfante.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

random

Se és inteligente o suficiente, porque é que não és eficientemente eloquente ?
É que só naturalmente consegues realmente seguir em frente,
Sê exigente e faz o que sabes fazer melhor: mudar a mente de muita gente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Improvisos 2

Tudo nasce do improviso,
Do cérebro, da mente.
Quem quiser é narciso,
Seja burro ou inteligente.

Nasce no extremo norte,
E desliza até à mão;
Seja a rima fraca ou forte,
Exige concentração.

Existe muita variedade,
Da qual podemos falar;
Seja da beleza ou da vaidade,
Seja da lua ou do luar.

Existem muitos assuntos,
Existe muita escolha.
Falemos de queijos ou presuntos,
De uma carica ou de uma rolha.

E eu até que falava,
Até que me pronunciava..
Mas para tudo não há palavra,
Seja ela boa ou macabra.


A maior parte do meu tempo, é passado nesta escola,
É desde 2009 que visto a sua camisola.
Para vir para cá, tive que abdicar da bola,
E devido a essa escolha a minha vida não desenrola.
Podia ter sido tudo melhor, podia ter tido um bom futuro,
Mas sei que não iria ser fácil, sei que iria ser duro.
Mas isso não importa, eu gosto de me esforçar,
E se for pelo que gosto eu trabalho a dobrar.
Mas por um lado, ainda bem que foi assim,
Durante esta jornada descobri o melhor para mim.
Descobri as palavras, descobri o mundo rimático,
Comecei a escrever rimas que nem um puto entusiástico.
Surgiam e surgiam, cresciam em mim tipo uma nascente,
Ia escrevendo sobre o passado, e às vezes sobre o presente.

sábado, 6 de novembro de 2010

A concordância custa a muitos.. mas os poucos que a aceitam, discordam em não concordar.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Elements

You're the fire, you're the flame. You're the desire that call my name.
You're the water, you're the ice. You're the father that slapped me twice.
You're the earth, you're the ground. You're the birth that made our bound.
You're the wind, you're the sky. You're the ring that blush my eye.
You're the thunder, you're the storm. You're the hunger that makes me warm

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

TM.


Hoje sou feliz,
Hoje sou contente.
O meu sorriso não tem fins,
Porque sinto o que ela sente.

Hoje tenho riqueza,
Hoje tenho calor.
Hoje tenho uma alteza
Que me aquece com amor.

Ontem tive dúvidas,
Perguntas e questões..
Mas hoje já são lúdicas,
São frutos das lições.

Lições que me ensinaram
A nunca mais duvidar,
Aulas que me mostraram
Como gostar sem pausar.

As decisões foram certas,
Disso tenho a certeza.
Bastou andar em linhas rectas,
Para achar a tua pureza.


Portanto dá-me um sorriso,
Bronzeia-me o coração..
Dá-me o que eu preciso,
Meu sol de eleição.

Nesses teus mares selvagens,
Faz-me perder..
Leva-me em viagens
Por todo o teu ser.

Deixa-me que conheça,
Cada metro e expressão tua;
Que ao longe te reconheça,
E que ilumines a minha rua.

Que sejas como és,
Tal e qual como te conheço;
Que me vicies como os cafés,
Que me ames desde o começo.

Mais poemas virão,
Mais palavras te direi.
Entrega-te de coração,
Que eu serei o teu rei.

sábado, 23 de outubro de 2010

Relatos


Começarei por escrever,
Parte da minha vida.
Mas nem metade irei dizer,
Pois parte dela está perdida.

A outra metade cá fica,
Está bem viva mas guardada.
Vou oferecendo a quem precisa,
Mas guardando a mais marcada.

São duas metades distintas,
Dois mundos completamente diferentes,
São ambos feitos de fintas,
Ambiciosos e inteligentes.

A minha vida é a escola,
E os meus amigos a minha vida.
O meu vício é a bola,
E o computador a minha sida.

Sou rodeado por amor,
Mas fui feito por engano,
Cá dentro não guardo rancor,
Mesmo que não tenha sido um plano.


Mas não me posso esquecer,
Do papel tomado pelos meus pais:
Ajudaram-me a crescer;
Funcionaram como um cais.


A todos voçês, só tenho a agradecer por todo o apoio prestado.
E um dia mais tarde, quando puder, retribuir tudo de bom grado.

domingo, 17 de outubro de 2010

(És) Doença


Quero escrever tanta coisa,
Mas não me consigo abrir por completo;
Eu quero que alguém me oiça,
Mas não tenho dialecto..

Não sei como o obter,
Não sei como o ganhar;
Ele mete-se a correr,
Muito antes de eu falar..

Tento recorrer à lírica,
Aos dotes de escritor.
Mas essa já é cínica,
Já perdeu o seu valor.

Deixou-me vazio,
Levou a minha alma.
Deixou-me o corpo frio,
E um stress que não acalma.

Infectou a minha mente,
Em mim já não estou..
O meu corpo já não sente,
O meu mundo já parou.


Esta doença não tem fim,
Só mostra o mau e o errado..
E é por isso que eu estou assim,
Confuso e desorientado..

Alastra e alastra,
Não tem como acabar..
É um lápis que não desgasta,
Que me marca sem parar.

Mas eu não sou nenhum erro,
Que uma borracha pode apagar..
Seja de papel ou de ferro,
Também me posso aleijar.

Por isso pára de me sorrir,
Deixa-me ser livre e sonhar..
Se não sentes o que eu estou a sentir,
Por favor parte sem recuar.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Improvisos e Improvisos


Pego na caneta, e escrevo um livro de rimas,
Lá escrevo as minhas vontades, lá escrevo as minhas sinas.
Junto o possível ao impossível, crio algo nunca antes visto,
Torno-me alguém importante, ultrapasso o próprio Cristo.
Passo a dominar tudo, até o próprio Tempo,
Domino a água, a terra, o fogo e o vento
De mortal passo a imortal, torno-me invencível,
O raro passa a banal, e o coração a insensível .
De peão passo a Rei, de soldado passo a guerreiro,
Antes era último, agora sou o Primeiro .
Antes era vassalo, vivia como um pobre,
Tinha uma vida de escravo às ordens do seu nobre..

São histórias de vidas, e esta é a minha..
Terei que a juntar às tantas outras para não ficar sozinha.
São feitas de rimas e mais rimas, de textos e mais textos,
Mas por mais que eu me esforce nunca chegam a ser perfeitos.
Talvez esteja a sonhar, talvez seja ilusão,
Mas só sei que se eu parar, não vou chegar à perfeição..
E para chegar a esse feito é preciso praticar,
É preciso ter gosto e vontade de continuar.
E isso já eu tenho, mas falta o flow e a coragem..
E sem isso não sou ninguém, não passo da vassalagem..



(Eu sei que está fraquinho, mas ultimamente não tenho escrito nada de jeito, a não ser estas pequenas rimas. Quem sabe, daqui a uns tempos volte ao que era, se alguma vez cheguei a ser alguma coisa. ;)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Desabafo/Improviso




A N D R É ,      says (23:31):
*Ai crl, já ando farto disto tudo,
Onde é que vou ganhar coragem para não me deixar ir ao fundo ?
A sério, porque é que eu não jogo no euromilhões ?
Assim ficava livre, isento de confusões..
Podia gastar 1 milhão em prazeres, não me importava,
Podia ter tudo o que quisesse, tudo de mão beijada !
Pergunto-me porque é que não sou rico, porque é que tenho que viver assim,
O dinheiro mal existe, mas os problemas.. esses parecem não ter fim.
Correm-me pelas veias como se fosse o meu próprio sangue,
Fazem-me sonhar alto, fazem-me querer ter um Mustang !
Podia-me matar, e assim acabavam-se os problemas,
Mas aí só perdia, só me gastava com tantos esquemas
Esquemas de suícidio, esquemas de self-dead,
Dava um tiro na cabeça, como carrego no botão de uma retrete.
É assim a vida, cheia de sonhos e remorsos,
Uns vivem com dinheiro até a cima e outros nem têm bolsos


              -          Dιηιѕ                #          says (23:33):
*xii
*bem bruto
*essa está mesmo
*PUM

    A N D R É ,      says (23:42):
*Fds, só me apetece desabafar assim,
Mas isto é o que acontece quando vem tudo para cima de mim..
Fico engasgado, mal consigo respirar,
Começo a estremecer, começo a delirar.
Começo a querer isto, começo a querer aquilo,
Vou-me sentindo como cristo preso num poste de sigilo !

E depois quero desabafar em rimas, mas não consigo,
E assim salta-me o tecto, faz-me sentir um sem abrigo..
Tiram-me as palavras, e eu morro,
E acreditem que nunca pedirei socorro.
Hei-de morrer na minha, silenciosamente,
Fechar os olhos e observar a chama ardente;
Chama ardente que vai corroendo a minha alma,
Como um ácido sulfúrico que não acalma.
É assim que eu me sinto, ardento por fora e por dentro,
Como se estivesse a evaporar ao sabor do vento.
Eu sei que não se entende, mas é assim que eu me sinto,
E no final, só me apetece mergulhar em absinto..

    A N D R É ,      says (23:43):
*Desculpa lá dinis, mas não me consigo conter,
Isto é o que acontece quando começo a escrever.
Não consigo parar, não tenho quaisquer travões,
Só tenho o Iniciar e o botão das Confusões

    A N D R É ,      says (23:44):
*:S
              -          Dιηιѕ                #          says (23:44):
*bro nao tens de pedir desculpas
*eu percebo-te acredita

domingo, 3 de outubro de 2010

Novas palavras; Novas estradas.


O tempo está esquisito. Ora chove, ora faz sol; Não se decide quando à temperatura, deixando-nos também assim indecisos sobre o que vestir antes de sair de casa.
O meu mundo também está assim, indeciso. Mas já foi criado mesmo com esse propósito. Foi criado à base de dúvidas, decisões incertas que insistem em viver comigo, até ao resto dos meus dias. Eu não sou assim por natureza, não sou indeciso; não tomo decisões para que um dia mais tarde, me possa arrepender. No meu mundo, tudo vale a pena, tudo é feito com um propósito de deixar marca; No meu mundo, não existem decisões incertas. Mas ultimamente tem estado assim, nublado e cinzento, indeciso quanto ao seu futuro, e isso reflecte-se superficialmente. Parece que todo o trabalho que tive em afastar as dúvidas deste meu pequeno mundo, foi em vão, pois simplesmente desapareceu.
Ao início fiquei um bocado aquém do que se tinha passado, confuso, e rapidamente me transformei num mar de perguntas esfomeado em achar respostas.
As respostas eram sempre as mesmas, começavam todas pela mesma letra, continham todas as mesmas letras e acabavam todas com a mesma letra. Admito que ao início foi intrigante, pois todas aquelas respostas faziam sentido a todas as minhas perguntas, encaixavam-se na perfeição, como peças de um puzzle. E era mesmo assim que eu me sentia, um autêntico puzzle à procura da peça chave para puder montar o resto das peças, e foi isso mesmo que aconteceu. Foram-se associando umas às outras, mostrando-me uma estrada que eu nunca antes tinha atravessado. E tenho que admitir: Está a ser o caminho mais doce, mais amoroso, mais lindo que eu alguma vez atravessei na minha vida, e atenção que ainda só dei um passo na direcção deste caminho sensacional, que a meu ver permanece infinito.
Ainda permaneci vários dias parado no mesmo sítio, a decidir se deveria seguir em frente ou não, se deveria haver iniciativa da minha parte. No entanto, após ter dado este primeiro passo, ainda me pergunto se realmente fiz a decisão correcta e se deve continuar a haver iniciativas da minha parte. Presumo que isto vá ser passinho por passinho, mas não daqueles passinhos para que passe a gostar de os dar, mas daqueles em que já existe o orgulho em dá-los.
Nunca uma palavra destas me afectou tanto como me está a afectar, agora só espero que no futuro possa construir frases e textos com ela, para que me orgulhe deles tal e qual como me orgulho dela.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Poesia é dança; Dança é poesia.


Desenho obras de arte,
Pela via da poesia.
E espalho por toda a parte
Um pouco desta magia.

Se eu quiser,
Com as letras faço coreografia.
E nem é preciso eu me mexer
Para que elas dancem em sintonia.

Elas estão à minha disposição,
Estão sobre as minhas ordens.
Entregaram-se de coração,
Para dançarem que nem jovens.

As palavras são uma raridade,
Apesar de existirem à muito tempo.
Nasceram muito antes da antiguidade,
E de boca em boca vão crescendo.

Já dançam comigo há mais de um ano,
E não apresentam qualquer desgaste.
Enquanto dançam eu toco piano,
Um sonho tornado arte.

Pessoalmente,
Prefiro o amor lírico ao amor platónico.
E como consequente,
Não consigo escrever, pois o meu corpo já está afónico.


Poesia é dança; Dança é poesia.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Capacapa


Por detrás deste corpo,
Existem segredos e vergonhas.
Mas é com um sorriso solto,
Que me transformo no que sonhas.

Escondo as minhas fraquezas,
E exalto a minha força.
Mascaro-me de certezas
E grito, para que toda a gente ouça.

É por detrás desta capa,
Que escondo a minha personalidade.
Uma capa invisível que não desbasta,
E que apenas fala a verdade.

É tipo a minha marioneta,
Que sai da caixa quando eu quero.
Que funciona como seta,
Quando eu mais desespero.



Mas, como já disse aí há uns tempos..



Este mundo é feito de artistas, e eu sou um entre milhões;
Uns são renascentistas e outros rendem-se aos perdões.
No meio desta gente toda, onde será que eu me encaro ?
Serei do tipo mais comum, ou serei do tipo mais raro ?





Soltar ou esconder ?
- Não tenho resposta. Ou melhor, não sei responder..

domingo, 5 de setembro de 2010

Prisão incompreendida


Já passou tanto tempo e eu continuo aqui, madrugada após madrugada em frente a um caderno que possivelmente, irá continuar branco durante as próximas horas, durante as próximas noites. Já me fartei de me tentar enganar ao escrever coisas que, naquele momento, não são realmente aquilo que estou a sentir. Já estou farto de me iludir acerca dos meus sentimentos e pensamentos. Já estou farto de tudo. Mas principalmente, estou farto de continuar a olhar para estas páginas brancas a implorarem esganiçadamente por palavras, quer elas sejam verdadeiras ou não. Mas eu já cheguei ao limite, já não consigo mais continuar este ilusionismo sarcástico. Fartei-me.
Um dia, quando ganhar coragem, vou largar este caderno e vou-me sentar no meu quintal. Vou trocar as madrugadas do meu quarto pelas madrugadas ao relento, e aí, quando sentir a brisa de que estou à procura, irei-me levantar e sorrir. Sorrir às horas gastas que durante tanto tempo me mantiveram prisioneiro numa cela de cartão, forrada com folhas de um caderno que julgava ser meu. Mas não passou disso, duma mera cela que julgava ser o meu mundo, o meu mundo de cartão.
E um dia, quando achar a liberdade de que estou à procura, irei-me levantar e correr. Correr em direcção a um amor que ainda não achei, mas que de certo estará lá de braços abertos para me receber. A isso chamo de liberdade… a isso chamo viver.
Até porque já chega de me refugiar em rimas e meros textos que já ninguém dá importância, que já ninguém liga. Já chega de me esconder atrás de letras e palavras, até porque um dia iria ser descoberto. Iriam deixar de dar importância a tanta superficialidade, e dar mais ao que está por desvendar. Nem que esse mistério fosse mísero como é o caso, mas iriam querer saber mais. Portanto prefiro revelar-me antes que me revelem, e isso é que vai acontecer. Mas não hoje, não esta noite. Já dei um passo à frente e o outro só irá surgir, quando a brisa chegar, quando a liberdade soprar ao meu ouvido.
Até lá, fico pela troca de madrugadas, pois prefiro o nascer do sol ao nascer da lua.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Relato Memorial - 3ª Parte

Avançando agora para a Parte 3, e sem querer tirar partido do intervalo que fez questão de se intrometer, relatos sobrenaturais irão sair. Sonhos e pesadelos convertidos num só. Convertidos num acontecimento híbrido, talvez demasiado negro e cheio de fantasia para ser contado, talvez pouco inspirador e cheio de represálias. A minha vontade é quebrar este selo, e dar vida a esta minha vontade. Vontade essa que tem estado camuflada durante todos estes anos, escondida nos abismos mais profundos da sua casa, do seu mar. Mar esse, que criei inconscientemente dentro deste meu cérebro. Mar esse, superlotado com memórias e arrependimentos, e que de vez em quando lá transborda fora do seu alguidar, oferecendo-me momentos de aflição e roubando-me os poucos gritos que ainda me restam. Mar esse, que por vezes toma dimensões impensáveis, que eu nunca pensei que fossem possíveis de acontecer. Mar esse, que de vez em quando, lá modifica este meu ser. Mar esse, que de vez em quando, é-me impossível de esconder. Mas como é óbvio, sozinho não conseguiria criar tanta água para um alguidar tão pequenino como o meu, foi preciso mais alguém, foi preciso ajuda. Ajuda essa que me foi forçada a aceitar, que foi jogada para cima da minha mesa como uma cartada, deixando-me sem opções de escolha a não ser aquela. Aquela cartada que veio mudar o rumo da minha vida, que veio mudar a minha forma de pensar, de agir e de falar. Aquela cartada, que tinha saltado directamente da mão daquele ser incógnito, que invadiu o meu sonho querendo tomar posse dele. E de facto tomou. Tomou posse do meu sonho, tanto que num estalar de dedos, o transformou num pesadelo. Parecia que eu é que estava no seu sonho, pois perdi completamente o controlo das minhas emoções e pensamentos, perdi completamente o controlo sobre o meu corpo, sobre a minha alma. Parecia que fazia parte daquele incógnito, que nunca antes tinha saboreado o sabor da vida.
Como é claro, a maioria não liga a estes relatos.. e por vezes esse não ligar tem fortes consequências. Mas, é só mais um relato sobre o que por vezes acontece comigo. Este, é no passado. Talvez no futuro vos escreva mais sobre ele, e talvez esse presente (se for forte o suficiente), vos convença de que tais blasfémias, realmente existem.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Relato Memorial - 2ª Parte

2ª Parte



A primeira década surgiu,
E com ela nasceu o vício virtual.
De forma agressiva apareceu e sumiu,
Tomou conta do meu sistema mental.

Era como um frenesim,
O meu cérebro queria mais e mais.
Era como se já não estivesse em mim,
E isso irritava os meus pais.

Juntávamos na casa do Diogo,
E passávamos horas na fixação.
Agarrados àquele maldito jogo,
Juntamente com o amigo João.

Jogávamos ao Pokémon,
Lutávamos uns com os outros.
Enquanto jogávamos víamos Digimon,
E quando chegava à noite estávamos rotos..

Foi tudo muito bom,
E ainda agradeço por ter sido viciado.
Agradeço pois enquanto durou,
Consegui sentir a pele de um agarrado.

Foi o GameBoy e mais tarde o Cs,
Dois jogos que me viciaram.
São memórias que não se esquece,
Que rolam, rolam e não param..





(2/3 dias, e vem a 3ª.)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Relato Memorial - 1ª Parte

Início:



Fazendo uma pequena introdução,
Com umas quantas palavras e frases,
Eu vou falar da confusão,
Que se tem passado nestes meus mares.

Vou falar sobre o que nunca antes falei,
Sobre forças e fraquezas.
Vou relatar o que nunca antes relatei,
Aquilo que eu guardo como riquezas:



1ª Parte



Digamos que foi puxado,
Que a minha infância foi arrojada.
Digamos que o acidente aos 5 foi passado,
Mas que a cicatriz continua marcada.

Digamos que nunca me irei esquecer, dos gritos de aflição..
Da minha mãe a gritar para eu me encolher, e que aquilo não era uma ilusão.

Sei que mais tarde acordei no hospital,
Enrolado com ligaduras..
Tentei ir para o corredor principal,
Mas caí no chão com as tonturas.

Tentei procurar pela minha mãe,
Perguntando aos enfermeiros onde ela estava.
Eles disseram-me que estava bem,
Mas eu percebi que era conversa fiada..

Tinha apenas 5 anos,
Mas não era fácil de enganar..
E não eram aqueles fulanos
Que me iam impedir de a procurar.

Dos 0 aos 10 anos de idade,
A única coisa de que me lembro é do acidente..
Pode ser mentira mas é verdade,
É daquelas memórias que marca para sempre.




(Já acabei o texto, mas só o vou postar por partes. Isto é a 1ª, daqui a 2/3 dias irei postar a 2ª, e assim adiante. Não o meto todo porque é muito grande, e acho que rapidamente perdiam o interesse em ler, não sei.. De qualquer maneira, em breve meto a segunda parte, até lá.)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Lyrics genius!


(E mais uma vez, aqui fica mais uma música com letra genial. Criada por génios, cantada por génios.)




[Chorus - Hayley Williams]
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)
Can we pretend that airplanes
In the night sky
Are like shooting stars
I could really use a wish right now (wish right now, wish right now)

[B.o B.]
(...)
Now lets pretend like I'm on the stage
And when my beat drops everybody goes insane (Ok)
And everybody know my name (B.o.B)
And everywhere I go people wanna hear me sang
Oh yea and I just dropped my new album
On the first week I did 500thousand
Gold in the spring and diamond in the fall
And then a world tour just to top it all off
And lets pretend like they call me the greatest
Selling out arenas with big ass stages
And everybody loved me and no one ever hated
Lets try to use imagination

(...)

[B. o B.]
Ok, let's pretend like this never happened
Like I never had dreams of being a rapper
Like I didn't write raps in all of my classes
Like I never use to runaway into the blackness
Now lets pretend like it was all-good
Like I didn't live starring in a notebook
Like I did the things I probably knew I should
But I didn't have maybes that's why they call it hood
(...)

[Eminem]
allright lets pretend Marshall Mathers never picked up a pen
lets pretend things would have been no different
pretend he procrastinated had no motivation
pretend he just made excuses that were so paper thin they could blow away with the wind
marshall you’re never gonna make it makes no sense to play the game there ain’t no way that you’ll win
pretend he just stayed outside all day and played with his friends
pretend he even had a friend to say was his friend
and it wasn’t time to move and schools were changing again
he wasn’t socially awkward and just strange as a kid
(...)


[Novo trabalho meu a sair (já está quase acabado). Desculpem se não ando a postar nada por aqui, nem a ler e comentar os vossos trabalhos, as férias não permitem.. Anyway, fica aqui a promessa de que este vai ser um estrondo (pelo menos para mim). Até breve.]

terça-feira, 27 de julho de 2010

No pique

Sinto-me diferente, sinto-me como se estivesse noutro andar da minha vida. Num andar completamente diferente daqueles que eu imaginei ter neste meu prédio. Mais sombrio, menos espaçoso. Nem espaço tenho para encher os pulmões com este ar sujo e intragável que aqui reside. Que me enche os ouvidos com palavras adulteradas, enfeitiçadas com o propósito de me enlouquecer. Nem espaço tenho para puder afastá-las com os braços, esses que se prenderam à volta da minha cabeça, suspirando de agonia e desespero.
O meu corpo faz o que pode para sair deste prédio imundo, rejeita toda a possibilidade de cá ficar. Mas a minha alma não, a minha alma aceita, mente-se a si própria de que tudo isto lhe agrada, de que tudo isto é o paraíso que nunca sonhou. Mente-se a si própria e vai mentido também ao corpo, esse que cujo nível de stress já passou dos limites desenhados.
Tudo isto é incomum, é constrangedor e ao mesmo tempo, doce. É como se estivesse noutro patamar, como se morasse na escuridão e não tivesse medo de lá ficar..
Tomem-me como maluco, tomem-me como demente.. Posso ser tudo isso, mas ao menos, do meu mundo sou presidente. Ao menos controlo os meus sonhos e desejos, ao menos sou eu quem decide o que é doce ou amargo. Sou eu quem decide por que avenida passear, e por que passeio devo andar. Sou eu quem decide o meu passado, o meu presente e o meu futuro. Se o meu desejo é estar preso num andar cujo espaço nem existe, assim o ficarei. Se o meu desejo é perder-me por campos floreados, assim me perderei. Se o meu desejo é caminhar pelas ruas feito moribundo, assim o caminharei. Se o meu desejo é deixar que a minha alma me abandone, assim a deixarei..
Já nem textos normais consigo escrever, e tudo o que escrevo actualmente é sem nexo algum.
Agora fico tempos infinitos a olhar para uma folha em branco, na dúvida se vale mesmo a pena sujá-la com algo que nem para mim faz sentido. Questiono-me se o ponto de interrogação que aparece no final de cada verso, é mesmo real, se fui quem o desenhou. Mas esperemos, esperemos até que este desejo de escrever asneiras incompreendidas desapareça.

(Este texto é prova da merda que ando a escrever. Desculpem, mas para a próxima sai melhor, prometo.)

domingo, 25 de julho de 2010

Lyrics genius


(Isto é música, é arte. Genial, magistral. Um génio, um artista e agora um ídolo.)




I've got my eyes open wide to the ceiling
I'm lying on my back in the centre of a room
I've got a voice giving me a funny feeling
It's telling me the worlds going to end real soon
I've got to get a job otherwise Im unappealing
Do my little dance for the man and consume
So i let my energy build for the healing
So i can reign down with my super sonic boom
Im held down by a fog on my way to the top
All clouded and the pressure wont rise
I'm on a mission to the sky with the stars in my eyes
Yet the weather wont compromise
Like a ball on a chain that is strapped to my brain
I'm a prisoner inside of my dreams
So i will appreciate the future of a day
Where the clouds open up and scream
And i sing now:

I aint gonna spend my time wandering why i never made it
I've already made it
I aint gonna spend my days thinking about why i never made it

Like the pages of a novel at the bottom of a shelf
I grow stiff yet i keep my pride
Like the one raindrop in the centre of a rose
I'm in heaven with a world outside
Like another metaphor to describe my vibe
Im just a vessel for my conscious needs
So i will appreciate the future of a day
Where the clouds open up and scream
And i sing now:

I aint gonna spend my time wandering why i never made it
I've already made it
I aint gonna spend my days thinking about why i never made it

Its times like this i need to lose my inhibitions
Raise my fist and forget about decisions
Help assist in the party that im giving
Take on the vibe and soon you will be singing
That its times like this ya need to lose your inhibitions
Just raise your fist and forget about decisions
Ill help assist in that party that were giving
Take on the vibe and soon ya will be singing
I aint gonna spend my time wandering why, i never made it
Ive already made it.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Confissões (?)

Confesso, que não sou mais do que uma ventoinha acesa para me refrescar. Que não sou mais do que noitadas abafadas em frente a um monitor. Que não sou mais do que aquelas persianas, que já estão imóveis há mais ou menos uma semana. Que não sou mais do que uns lençóis amarrotados, nem sou mais do que uma almofada, que continua gélida e ansiosa por se afogar nos meus cabelos. Confesso, que não sou mais do que aquilo que dizia ser, e que nunca serei mais do que aquilo que sou. Confesso, que não sou mais do que míseras letras, que insistem em formar linhas de palavras e sujar o magnífico branco, que têm feito questão de fazer companhia àquelas folhas. Por mais mentirosas ou verdadeiras que possam ser, o branco nunca lhes pede a verdade da mentira, nem que lhe mintam sobre a verdade, pois ser mentiroso pela verdade pode custar verdadeiramente caro, desejando um dia mais tarde que tudo fosse mentira. Tal como eu, anseiam que um dia, alguém tenha a coragem para pegar numa esferográfica e rabiscar, sejam esses rabiscos verdadeiros ou não. Só peço que nos sujem. Que nos sujem de tinta, seja ela de que cor for, branca ou invisível, tanto faz. Só peço é que em cima de nós, pousem letras, daquelas com trincos e aberturas, como as peças dum puzzle. Gostava muito de prender as letras umas nas outras, de formar palavras e frases longas, daquelas que afectam toda a gente, e ao mesmo tempo, que não afectem ninguém. Notem que o que acabei de dizer, é outra suposta confissão. Não daquelas que doem cá dentro, mas sim daquelas que fazem companhia a tantas outras que adormecem a meu lado, deixando a minha cama sem espaço para mim e amarrotando-me os lençóis. Daquelas que esvoaçam pelo quarto inteiro, ao sabor do vento da ventoinha, que de vez em quando lá me consegue constipar. Daquelas confissões que me vão mantendo a janela aberta, segurando também uma persiana já virada na diagonal. Daquelas confissões, que me fazem escrever textos imundos e sem sentido algum para um possível leitor. Daquelas confissões, que me fazem confessar, de que um dia conseguirei juntar tais letrinhas e fazer magia por esse mundo fora. Daquelas confissões que me fazem querer dizer: “Aguenta, espera, tem paciência. Hoje ainda não é o dia.”

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Noite Fria


A noite já vai longa,
E eu faço-lhe companhia ao relento.
A minha escrita já se prolonga,
À medida que sopra o vento.

Leves brisas suspiram,
Sossegam-me o coração.
Os meus pulmões já inspiram,
E expiram inspiração.

Ao meu colo estão folhas finas,
Brancas e sem requinte.
Anseiam pelas minhas rimas,
Anseiam que eu as pinte.

Tal e qual como um campo de flores,
As ondas vão desabrochando.
Vão soltando os seus sabores,
À medida que vou respirando.

“Esta será a última melodia que te escrevei.” – disse eu à noite escura..
Com ternura respondeu ela: “Não faz mal, ambos sabemos que nada dura..”

Silenciosa e ardendo em frio,
Sentou-se ali, a meu lado..
Chegou-se ao meu ouvido, e proferiu:
“Sente, sente o meu legado !”

Concentrou-se em meu redor,
Deixou-me exausto e ofegante..
Roubou-me o meu melhor,
Para me dar o insignificante..

sexta-feira, 16 de julho de 2010

damn..

É verdade que fiquei ausente,
Tanto do mundo como da minha escrita.
Mas a paixão continua ardente,
Flamejante por assim dita.

Não desisti e muito menos desistirei,
Vou continuar a lutar nem que seja por mim.
Não pensem que fraquejei,
Pois não sou nem nunca serei assim.

É verdade que me fechei a cadeado,
Nem a minha própria alma deixei voar..
Mas isso agora não interessa, é passado,
São contos a camuflar.

Tive dúvidas e mais dúvidas,
Que me questionaram infinitamente.
Mas com certeza foram lúdicas,
Pois ensinaram-me a ser gente.

Organizaram-me cada ideia,
E fizeram com nascesse “um novo eu”.
E tudo isso graças à sereia,
Que na minha vida apareceu.

À primeira vista era apenas um ser marinho,
Que apenas dava brilho àquelas águas..
Mas foi ela quem desenrolou o pergaminho,
Que eu escondia nas minhas mágoas.

Desenrolou-o e docemente,
Parecia que cantava uma melodia..
Querida e eloquente,
Ia transformando a noite em dia..

Fez de mim aquilo que quis,
Era um brinquedo em degradação..
Ainda hoje não me lembro do que fiz,
Mas estou-lhe grato pela aproximação.

Para ser honesto,
Não estive assim tanto tempo sem escrever..
Será a primeira vez que vos confesso,
Que menti para sobreviver.

As letras já me matavam,
Queriam mais do que apenas um dedo.
Dei-lhes a mão mas não pararam,
Queriam-me consumir de medo.

Mas isso não foi razão para desistir,
E muito menos para desaparecer.
Não com um amor destes a me consumir,
E que pouco a pouco me faz crescer.

A sério, muito obrigado por existires,
E por estares a meu lado.
Muito obrigado por não te redimires,
Mas acima de tudo, muito obrigado,
Por me manteres apaixonado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Not Afraid !



I'm not afraid to take a stand
Everybody come take my hand
We'll walk this road together, through the storm
Whatever weather, cold or warm
Just let you know that, you're not alone
Holla if you feel that you've been down the same road

You can try and read my lyrics off of this paper before I lay 'em
But you won't take this thing out these words before I say 'em
Cause ain't no way I'm let you stop me from causing mayhem
When I say 'em or do something I do it, I don't give a damn
What you think, I'm doing this for me, so fuck the world
Feed it beans, it's gassed up, if a thing's stopping me
I'mma be what I set out to be, without a doubt undoubtedly
And all those who look down on me I'm tearing down your balcony
(...)

Ok quit playin' with the scissors and shit, and cut the crap
I shouldn't have to rhyme these words in the rhythm for you to know it's a rap
You said you was king, you lied through your teeth
For that fuck your feelings, instead of getting crowned you're getting capped
And to the fans, I'll never let you down again, I'm back !
(...)

sábado, 26 de junho de 2010

Guess who (?) ... yes, it's you.

Fazes-me parar,
E rever a nossa mudança.
Não falas por falar,
És tu quem se pronuncia na balança.

Não avanças nem recuas,
És tu quem me controla.
És tu quem domina as minhas ruas,
Tu és o resultado da minha escola.

Reuni conceito e sabedoria
Para um dia te saber dominar,
Mas és tu quem faz magia
Com essas palavras de encantar.

Fico o Verão e o Inverno
Sem reacção, a olhar para este caderno.
Mas tu sabes que é impossível descrever-te,
Pois tu para mim representas o Inferno.

Digo isto pois és um brasão,
Que se alojou junto ao meu peito.
Vais alimentado o meu coração
Com essas tuas chamas sem defeito.

Neste momento, já só tenho a dizer
Que é a partir deste teu brasão que me estou a alimentar.
Este teu brasão que faz o meu corpo arder
E a minha alma flamejar.

Acredita em mim,
Não diria isto por dizer.
Não escrevia algo assim
Para apenas te surpreender.

Crias em mim tanta vontade,
Crias em mim tanto desejo..
Eu só queria que fosse verdade
Para que te pudesse dar um beijo..

quinta-feira, 17 de junho de 2010

aei

Mais um dia passa
E eu sem me controlar.
Este desejo não escassa,
Não tem como acabar.

O meu corpo já baloiça,
Desordenado como uma borboleta.
Eu não quero que ninguém me oiça,
Portanto pego na minha caneta:

Agarro neste instrumento
E profiro palavras loucas.
Desenho rimas sem fundamento
Que me servem como roupas.

Transformam-me por completo,
Deixam-me mascarado.
Sem elas sou incompleto,
Sem elas sou um falhado.

Peço desculpa,
Por este texto delinquente..
Já não estou a dar fruta
Como dava antigamente..

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quem sou eu ?

Aqui estão algumas adivinhas feitas por mim. Dou prémio a quem adivinhar:

- Tal como tu, tenho segredos e ilusões. No meu interior, residem espadas e corações. Quem sou eu ?


- Falo e grito como tu. Por vezes sou desejada, outras indesejada. Por uns amada, por outros odiada. Tenhos muitos géneros e muitos tipos, mas uma só definição. Para além disso, sou uniforme. Quem sou ?


- Albergo tralha ou preciosidades, e dependendo do tamanho, tenho várias capacidades. Tenho 10 faces e 8 cantos. Quem sou eu ?


- Faço as delícias dos mais cansados. No verão sou fresca, no Inverno sou quente. Quem sou ?


- Sou a barreira entre o barulho e o silêncio. Sou transparente e tenho pestanas. Umas automáticas outras manuais. Quem sou ?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Prazer fingido


Deixa-me que escreva um texto,
Um texto sobre a tua vida:
Usas a vagina como pretexto
Para dizeres quem te excita.

Não passas de um mero brinquedo,
Que é utilizado por todos nós.
Não tens vergonha nem tens medo,
O teu órgão é a tua voz.

Manifestas-te com o corpo,
Agindo como uma louca.
Os nossos pénis são o teu porto
E os preservativos a tua touca.

Cada passo que tu dás,
Faz parte de um plano.
Moves-te para a frente e para trás,
Fazendo do nosso suor o teu oceano.

Sim, este texto é para ti,
Pois tu não sabes o que é o sentimento.
Desculpa dizer isto assim,
Mas tu não passas de um instrumento..

terça-feira, 8 de junho de 2010

1st Part

Outrora possuía paredes de cristal,
E colunas de betão.
Paredes que me protegiam do mal,
E colunas que sustentavam a escuridão.

Mas tanto o mal como a escuridão,
Foram-se alastrando cada vez mais.
Foram subindo pelo betão,
Contaminando todos os meus cristais.

Poderia ficar horas infinitas,
A escrever sobre as minhas protecções;
Mas nem estas palavras queridas
Te diferenciam perante milhões.

Ainda não existem tais palavras,
Capazes de te descrever,
Talvez eu um dia as crie,
E a partir daí, cresçam amadas e com vontade de viver.

É verdade que já me destruíste,
E que me deixaste sem reacção.
É verdade que já me feriste
Mas só superficialmente, e não o coração.

Sim, falo de ti,
Minha escuridão.
Eu prometo-te, que se depender de mim,
Nunca, mas nunca serás negação.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Refúgio validado.


Não vale apena escrever textos onde as palavras são sempre as mesmas, mas ditas de forma diferente. É sempre tudo igual: Os mesmos pretextos, as mesmas lamúrias, os mesmos desabafos. São escritos de forma diferente, mas a base primária, é sempre a mesma.
É exactamente isso que preenche aquele caderno, podre e rasgado, já cansado da variedade de tintas que lhe sujam as belas folhas. Encostado a um canto, com pó por cima da capa, vai tossindo a cada suspiro que despejo ao ar. Mais parece que se está a afirmar, a querer que o ouçamos, a querer que lhe troquemos as folhas borradas por uma história nova. É disso que o caderno precisa, de uma história nova. Daquelas ardentes e flamejantes que fervilham por todas as páginas. Tal e qual como as primeiras páginas que recebeu à uns anos atrás, mais precisamente à 18. Foi-se preenchendo e preenchendo cada vez mais, até hoje. Aquele caderno que eu pensava que teria um prazo de validade infinito, fechou-se hoje a cadeado. Não me deixa escrever mais nada, nem sequer tentar apagar aquelas letras imundas, que envenenam todas aquelas frases que outrora foram escritas.
Tudo desaparece, nada fica para sempre. As promessas do confidente e da melhor amiga, esvoaçam agora pelo ar. Essas que outrora se alojaram cá dentro, mas não de forma firme. Hoje sinto que não vieram com intenção de ficar, mas sim com a intenção de me iludir e de me fazer crescer. Odeio-vos e amo-vos por isso, meus aldrabões de primeira classe! É claro que sem a melhor amiga nunca poderia desabafar com o confidente, é claro que sem a inspiração, o caderno tornava-se inútil. Coisas vêm e coisas vão, assim como algumas partem e outras ficam. Cadernos como àquele garanto que já não existem, e inspirações como a rainha que vive cá dentro de mim muito menos. Provavelmente precisam de descanso, todas aquelas batalhas desgastaram:

As letras são o meu refúgio,
O meu esconderijo e o meu abismo.
Desaguo nelas como um dilúvio
Capturando a verdade e o realismo.

Navego para lá do muro,
E resolvo cada adivinha.
Faço do caderno o meu porto seguro,
E da inspiração a minha rainha.


(…)

domingo, 30 de maio de 2010

Day 19 - A song that makes you laugh








Day 20 - Your favorite song at this time last year


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Já não sinto o peito como sentia,
Cheio de amor e alegria.
Aceitei a mentira e neguei a verdade,
Aliei-me à escuridão e à saudade.

Diluí todos os sentimentos,
Com simples actos e pensamentos.
Apaguei todas as memórias e todos os momentos,
Aliei-me às punições e julgamentos.

Já não sei o que é o calor interior,
Já não distingo o desejável do tentador.
Agora só sei o significado da minha dor,
Arrebatadora e sem pudor.

Por onde deverei caminhar ?
Deverei lutar até me estancar ?
Deverei descobrir o que está a falhar,
Ou deverei antes.. desistir de me perguntar ?

Questões e respostas,
Que eu nunca irei adivinhar..
Jogos e apostas,
Que eu nunca irei ganhar..

Fico-me pela interrogação,
Confuso e desorientado..
Ainda procuro respostas no meu coração,
Mas esse.. há muito que vive abandonado..




Day 18 - A song that you want to play at your funeral


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cor da minha cidade


Já não tenho muros. Estão-se a desmoronar a uma velocidade louca, como se já não existisse o amanhã. Todos os muros defensivos que construí com amor e saudade, já não existem. Eu próprio já não os reconheço. Aquela cor viva e contagiante desapareceu. Deixou que a escuridão a consumisse, deixou-se pintar de preto; transformou-se no mais puro negro existente. Durante 18 anos, lutei e lutei contra a minha própria pessoa, mas parece que não foi suficiente. Hoje vejo que não foi suficiente. Hoje, no presente, olho para o passado e vejo que não era nada disto que eu queria para o meu futuro. Mas, não estarei a desejar demais? Serei eu que não me contento com o que tenho, ou será o apetite da minha mente devoradora que se está a apoderar de mim? Estarei eu a ofuscar as minhas respostas, ou serão as perguntas que me estão a enevoar? Não existem respostas possíveis para as inquestionáveis perguntas que já nascem maduras dentro deste meu ser. Não tenho soluções para o meu problema, se é que se pode realmente chamar um problema.
Não possuo o contra-ataque necessário para puder voltar a conquistar estes meus muros defensivos, se é que alguma vez foram meus..
Todas estas barreiras que criei dentro deste meu cérebro, todas as limitações que depositei na minha alma, estão hoje a sobressair. Estão a ganhar vida própria e já me começam a afectar interiormente.. Só espero é que consiga retê-las cá dentro, não deixando passar cá para fora. Mas não vou desistir, vou continuar a navegar neste rio vermelho, vou continuar a saltar de cidade em cidade, vou continuar a manter o equilíbrio entre a Mente e o Coração. Não é que a Escuridão não seja bem-vinda, muito pelo contrário. O problema é que se me alojo nessa cidade negra, ou melhor, se deixo que essa cidade se apodere destes meus campos, todos se afastarão e eu não quero isso. É devido aos que me rodeiam que luto contra o passado, continuando vivo no presente preparando-me para o breve futuro. É pelos que me rodeiam, que faço questão de repelir todas as minhas outras personalidades, moradores da cidade negra. É por eles que mantenho os soldados infinitos na linha de combate, protegendo a Mente e o Coração, cidades em que a Luz ainda reside. Cidades isoladas no meio deste meu deserto, cidades que ainda hoje lutam contra a pressão exercida pelas tropas da mais negra cidade. É por todos, que ainda suspiro para que os muros continuem em pé, é por eles, que hoje ainda sou o mesmo que conheceram ontem. Obrigado, meus soldados.





Day 17 - A song that you want to play at your wedding



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Chama ardente


A concha já está gasta,
Gasta e transparente.
Não me mata mas devasta,
Afoga-me na corrente.

À medida que as ondas galgam,
Vão-me matando interiormente.
“Agonia”; É a língua que elas falam
Para chegarem à minha mente.

Querem-me destruir por fora
E queimar-me o interior,
Querem faze-lo sem demora,
Querem extinguir o meu calor.

Querem apagar esta chama ardente,
Que arde, queimando a minha escuridão.
Escondida mas eloquente,
Ela luta, protegendo o meu coração.

Luta incansavelmente,
Por um lugar na minha memória.
Não é pessoa nem é gente,
É a chama da minha história.




Day 16 - A song that you listen to when you’re sad

Não ouço música quando estou triste..

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vocês são espectaculares

Há uns meses atrás, em Novembro, criei este pequeno espacinho. Criei com intenção de puder demonstrar alguns dos meus trabalhos, e também na oportunidade de ler outros feitos por outras pessoas. Mas sinceramente, nunca pensei que um dia poderia olhar para trás e dizer que tive a oportunidade de conhecer pessoas fantásticas, através da blogosfera. Até agora, nunca me desiludi com as pessoas que conheci, especialmente com três em particular, em que também tive oportunidade de aprofundar esse conhecimento. Mas não são só essas três pessoas de que me orgulho bastante de ter conhecido, mas sim o vasto conjunto de seguidores que tenho aqui ao lado direito, que fazem questão de me seguir e comentar os meus trabalhos, e eu, de certa forma, faço o mesmo e com bastante prazer.
Tanto a Maria Eduarda, como a Ana e a Daniela, são as que melhor conheço neste momento. A Maria é espectacular, desde o momento em que li um dos seus trabalhos reparei que era uma grande mulher. Não vou estar aqui com pormenores, pois ela sabe bem o que disse e o que não vou dizer aqui.
A Daniela e a Ana, são outras duas raparigas espectaculares que gostei imenso de ter conhecido melhor. Também tive a oportunidade de conhecer a I, a Liliana, a Alexandra, o Hugo, a Débora, a Jú, a Beatriz, a Ana Carolina, a Niqui, a Isabel e a Patrícia são os/as seguidores/as que se destacam mais, pelo menos a meu ver. Se me esqueci de alguém, desculpem, não foi por mal. Agradeço a todas as pessoas do fundo do coração, pois em parte, foi através de todas elas que nasceu a inspiração em mim e uma vez ou outra, lá me conseguiram animar o dia. Obrigado pelos vossos textos magníficos e pelas vossas palavras espectaculares, e como é claro, também pelo vosso apoio constante.

Vocês são espectaculares, obrigado.





Day 15 - A song that you listen to when you’re happy



domingo, 23 de maio de 2010

A Poesia (?)

A Poesia ?
Bem, essa é espectacular.
Transformou-me mais do que queria
E meteu-me a sonhar.

Mudou-me por completo,
Enchendo-me com amor, com afecto.
Pintou-me a alma e pintou-me a vida,
Aquela que eu achava que estava perdida.

Que morreu várias vezes,
Abandonando este meu corpo, mutilado.
Mutilado com certeza e coragem,
Sendo julgado e afastado, para a prisão do passado.

Apareceu ela, descendo com um vestido branco, encadeando-me os olhos de tanto brilho que trazia com ela. Simplesmente fantástico, uma beleza pura, mais parecia um chamamento. Foi esta a senhora poesia, que me salvou do julgamento. Entrou na minha cela aprisionando-me num caderno, juntamente com letras e palavras. Onde a caneta era gigante, possuindo o poder de transformar páginas em branco, em histórias lendárias, que um dia passariam a ser ditas de boca em boca. Transmitidas de mente em mente, de geração para geração.
Com ela, trazia também aquele sorriso que hoje ainda me sorri, mas que sorri no escuro. Um sorriso grande, como nunca vi e que me aguarda para lá do muro. Que me protege da luz, da imensidão que ainda hoje me assombra. Aquela que me quer levar com ela, separando-me da escuridão. Essa que diz que quer transformar a própria luz ainda mais brilhante. Mas eu pertenço à escuridão, faço parte dela. Por isso volto a repetir o que ainda não disse:
Amo a escuridão, como amo a poesia. É de certo uma comparação, que toda gente discordaria. Mas pronto, eu sou eu, juntamente com a minha mente, delinquente.



Day 14 - A song that you listen to when you’re angry

Não ouço música quando estou zangado..

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Submundo


Por vezes, encontro-me tão, mas tão dentro da escuridão, que deixo de ver o meu fluxo de vida. Deixo-me de me sentir e os meus sentidos, ficam mais apurados que nunca. Encosto o meu ouvido esquerdo à parede húmida e fria, que sustenta o tecto deste submundo. Ouço asas a chocarem contra o ar, pingas a molhar seres negros que esvoaçam por este espaço, já isolado à 18 anos. Tento abrir os olhos, mas estão pesados, mais parece que em cada pálpebra estão pendurados blocos de cimento de 100 toneladas cada um. É-me impossível visualizar a escuridão, mas eu sinto-a, consigo senti-la com as pontas dos meus dedos cada vez que divido o ar com as minhas mãos, dando golfadas de esperança como se estivesse desesperado para sair dali. É estranho; cada vez que me encontro neste mesmo espaço, todos os dias, tenho um medo tremendo de para lá voltar, e extrema ansiedade para sair. Mas, ao mesmo tempo, é como se uma enorme tentação se instalasse sobre esta minha mente e obrigasse este meu corpo a viajar até este submundo, fazendo as delícias desta minha pobre imaginação.
Está quase. Está quase na hora de ela voltar e mais uma vez, perturbar esta minha mente confusa, que se confunde por se tentar compreender. Mas é natural. Se nem eu próprio compreendo a minha mente, iria lá ela compreender-se a si própria..

(Até já, meu submundo..)



Day 12 - A song that describes you



quinta-feira, 20 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Segunda personalidade.


És como um vírus,
Que se transforma em frenesim.
Vais-me matando aos poucos,
E eu não quero morrer assim.

Não me quero tornar em cinzas
Para morar dentro de uma jarra..
Já basta ter-me tornando em pintas,
Já me basta ser a tua amarra.

Já basta seres o meu escravo de primeira,
Assim como o sinal que te marquei na testa.
Já basta ter-te pintado à minha maneira,
E ter moldado cada vértice e cada aresta.

Enquanto a meu lado ficares,
Permaneceres e viveres,
Eu prometo, que por ti irei morrer.
Mas, se a meu lado faleceres,
Eu prometo, que por ti irei viver.

Que irei tirar partido das nossas memórias
E fazer com que durem.
Que irei escrever histórias,
Para que todos os outros as murmurem.

Sei que fazes parte de mim,
Sei que és a minha alma escondida.
Mas não te esqueças,
Que foi desde o princípio ao fim
Que corremos juntos nesta corrida.

Já te descrevi em muito poemas,
Já te elogiei e já te ofendi.
Mas hoje, esses textos são emblemas
E imagens do que nunca vi.

Apenas ouvi essa tua dor,
E senti o teu sofrimento.
Não foi ódio nem amor,
Mas sim o calor do sentimento..

Desde o meu primeiro dia
Que fazes parte deste meu ser.
Foste mais do que eu queria
Mas és aquele que me faz crescer.

Peço que nunca te vás embora,
Peço-te que não estejas só de passagem.
Desejo que nunca chegue a hora
De me despedir desse teu espírito selvagem.

(Desculpa-me, mas já não tenho rimas suficientes para dizer o quanto significas para mim.. Eu bem sei que são infinitas, mas aquelas para descrever essa tua importância, não existem.. Essas ainda não foram inventadas. Palavras com tanto valor eu ficarei à espera, para um dia te puder fazer aquele texto. Aquele texto que deixará tudo e todos de boca aberta, caídos no chão só de ler meras e insignificantes palavras. Até lá, esperarei pacientemente até que sejam criadas, mas quem sabe, se não serei eu quem as criará. Só te peço, que até que esse momento chegue, que permaneças dentro de mim, assim como tens permanecido desde o primeiro dia em que te consegui sentir. Obrigado, meu espírito selvagem.)




Day 09 - A song that makes you fall asleep




Pode-me dar sono, mas é das músicas mais brilhantes que alguma vez ouvi.

sábado, 15 de maio de 2010

Travessia


Já são largas as horas que por este rio navego, procurando à beira mar palavras abandonadas, que precisem de ser resgatadas, que precisem de um tecto para viver, que precisem de orientação. Mas nem uma, nem uma palavra encontrei depois de ter passado aquela cascata, que estava infectada com elas. Até o meu pequeno barco se ia afundando, com tanto peso em cima. Sinto falta daquelas gargalhadas que durante a viagem, se iam constantemente pronunciando. Sinto falta daquela energia positiva que contaminava todas as outras palavras. Sinto falta de mim.
Outrora cheguei-lhes a dar um rumo, a dar uma nova vida, mas agora, nem sinal delas. Seguiram a sua vida e esqueceram-se daquele que as ajudou quando mais precisavam, daquele que as puxou para dentro do seu minúsculo barco, apesar de já não haver mais espaço para mais ninguém. Só dão valor ao que hoje têm. Ao passado, embrulham-no dentro de uma caixa para mais tarde o jogarem ao rio. Mas nem se lembram de que, as caixas que jogam ao rio, é aquele de que foram resgatadas, é aquele em que por largas horas permanece em silêncio, juntamente com o seu navegador. Navegador esse que navega naquele rio vermelho, que faz a travessia entre as cidades Mente e Coração. Só ele é capaz de fazer o percurso vezes indeterminadas, à procura de sem-abrigos, mas claro, sem sucesso, pois já há largas horas que navega por navegar..
Mais uma vez, aqueles dias gastos juntamente com a minha viola, foram em vão. Aqueles dias em que jogava letras ao rio, como se fossem pedras, fazendo ricochete nas mini ondas que brilhavam à beira mar. Mais uma vez, conhecendo a travessia como a palma das minhas mãos, não encontro nada.. Nunca irei encontrar a palavra perfeita, aquela que se irá dispôr para me acompanhar, neste percurso entre cidades..




Day 08 - A song that you can dance to




House, Is LIFE !

123

Do início ao fim, injecta-se. Uma solução vinda de ti, aloja-se para ficar. Aloja-se em mim. Mas, onde andas tu, meu pedaço de alecrim ?

- Amanhã escrevei sobre ti, meu alecrim. Prometo!




Day 07 - A song that reminds you of a certain event




quinta-feira, 13 de maio de 2010

Simplicidade complexa(?)


Simples ou complexa ? Sinceramente, não te sei responder a essa pergunta, não sei mesmo..
Transmites-me tanto, mas ao mesmo tempo não me transmites nada. És uma miragem recheada de bons e maus momentos, mas ao mesmo tempo transmites o vazio, não transmites nada. Em ti vejo tanta coisa, vejo que és doce, carinhosa, apaixonante. Mas por outro lado, vejo-te como um ser negro, obscuro, capaz de magoar tudo e todos só para alcançar os seus objectivos. Será esta tua miragem que me transmite isso, ou estarei apenas a ouvir a minha visão ? Não sei, mas sei que estou uma confusão.. Sei que já desfoco tudo. Sei que já não sei pregar letras no meu coração, para mais tarde as suspirar formando palavras e frases. Acho que preciso de um tempo. Preciso de um tempo para me afastar do mundo palavreado, do mundo rimático. Preciso de me sentar sobre um abismo, sacar da minha cana de pesca e pescar tudo o que vier ao isco. Preciso de me achar novamente, preciso que alguém me descubra e me acompanhe nesses dias de pesca, preciso de companhia. Preciso de alguém, assim como precisava de ti antigamente, meu espírito selvagem.*




Day 06 - A song that reminds of you of somewhere



O tempo mata, a palavra escassa..

São tantas as palavras,
Que eu com voçês quero partilhar.
Umas são macabras,
Outras de encantar..

Mas não sei quais escolher,
Para aqui vos apresentar..
Serão aquelas de encolher,
Ou serão aquelas para dançar ?

Sinceramente, já estou confuso,
Sinto-me velho e ultrapassado..
Sinto-me como um recluso,
Preso e limitado.

Outrora, possuía uma taça,
Que se enchia com frequência.
Cada palavra era uma raça,
Mas com o tempo, tudo mudou,
Pois hoje são demência..

Hoje,
As minhas palavras já são cinzas,
Fragmentos da minha paixão..
Hoje,
Funcionam como feridas
Que me assombram o coração..

Tenho saudades. Saudades de quando as palavras ainda eram ilimitadas, em que podia usufruir delas à vontade. Em que podia escrever cadernos inteiros cheios de rimas, textos, qualquer coisa. Tenho saudades de me saber descrever, das vezes em que me apaixonava por mim próprio. Das vezes em que descrevia todo o meu ser, demente e eloquente, e como eu gostava de me ver..

Mas já nada é assim,
O tempo matou-me a mente.
As palavras fugiram de mim
E deixaram-me aqui,
Sozinho e sem gente..



Day 05 - A song that reminds you of someone





quarta-feira, 12 de maio de 2010

Smiling Alone

You know.. i'm precious by being alone, in this street,
Making my own way, with my own feet.
I don't need to be exausted to say: "I'm tired, i'm gonna seat.."
And i don't need any bed, so you can throw away that sheet !

You know.. sometimes, being alone is more valuable than being with someone else, you can make your own way, without someone throwing words at your head. You can make your own smile, by shining over yourself, by smiling over everyone else, without a reason to do it.. That, it's what i call: Smiling alone, means shining like a stone.


Day 04 - A song that makes you sad



terça-feira, 11 de maio de 2010

past

Bem, hoje decidi partilhar com voçês aquilo que mais tem valor para mim, a nível sentimental. É o meu "tesouro". É também, o 1º texto com rimas que fiz; Daqui para a frente foi só escrever poemas atrás de poemas, mas este, foi o meu 1º e sinceramente, acho que é o meu melhor. O melhor que já alguma vez fiz. Talvez esteja a dizer isto porque o dediquei a uma pessoa, que na altura era bastante especial para mim, e ainda o é, mas claro, não da mesma maneira. Foi uma das pessoas que mais me marcou, e foi devido a ela, que me comecei a descobrir. Em parte, foi devido a ela que sou o que sou hoje. Talvez nesta altura ainda fosse um pouco ingénuo, pois fiz este texto como resposta a outro que ela me fez para mim, e esse tinha 3 páginas (ainda hoje o tenho guardado). Sim, 3 páginas recheadas de emoção e sentimento, e eu, como resposta, fiz uma mísera página com umas quantas rimas.. Na altura senti-me um bocado mal devido a isso, tanto que me recusava a entregar-lhe, mas os meus amigos e professores lá me convenceram a fazê-lo.
Vou agora no 3º dia desde que o desafio começou, e como o título diz: "Day 03 - A song that makes you happy", postei uma canção que me deixa bastante feliz, mas não apenas só por me pôr um sorriso na cara, mas sim por me lembrar do passado, e deste pequeno texto:



"Em 1º lugar, quero-te agradecer pelo texto que me fizeste, foi um privilégio ler isto.
Quando eu o comecei a ler sentia-me esquesito, sentia-me.. misto!
Os sentimentos começaram-me a fluir por todo o corpo,
Uma explosão de sentimentos rebentaram dentro de mim,
Algo que nunca tinha sentido antes, não da forma como o senti.

Tirei as folhas de dentro da mica e comecei a ler,
Os meus olhos, os meus sentimentos não acreditavam naquilo que estavam a ver,
Algo que eu nunca tinha imaginado que me poderias escrever.

Teve um impacto tão mas tão grande que fiquei em estado de choque,
Ler uma coisa destas, fez-me sentir uma pessoa cheia, cheinha de sorte.
Ter o privilégio de receber uma coisa assim tão profunda,
Fez-me sentir um grande arrependimento, pelo que tinha acontecido naquela segunda.

Aquela segunda, em que me tive de encher de coragem para dizer o que tinha a dizer,
Aquela segunda em que te disse.. "Sabes, acho que o nosso amor vai ter de morrer.."
Não foram bem estas as palavras certas que te disse, foram ditas com outro sentido,
E o que vivi enquanto te tive comigo, ficarei de certo, muito agradecido.

Obrigado por tais momentos de prazer, tais momentos que considerava confidencial,
Tais momentos que fizeram da nossa relação uma relação muito especial.
Obrigado por seres quem és, pois também sinto sorte em te ter tido como namorada,
Sinto sorte em ter uma amiga como tu, uma amiga tão iluminada.

Obrigado por me dares o valor de que tanto estava à espera,
Eu bem sentia o valor próximo de mim, mas não sabia bem de onde era..
Fui percebendo aos poucos que ele vinha de ti, que vinha da minha Sofia,
E que esse nome, me dava um gigante e alegre sinónimo de alegria.

Mais uma vez, obrigado pelos belos momentos que me proporcionas-te.
Com o texto que me escreves-te, consegui perceber o quanto me amas-te.
Pois deu para perceber que em ti tive um grande impacto,
E que irei lembrar com saudade cada beijo, cada abraço, cada contacto.

Desculpa se te fiz sofrer, desculpa se te fiz chorar,
Quero que saibas que cá dentro.. irás sempre, mas sempre ter um lugar.

OBRIGADO SOFIA ! :)"




Day 03 - A song that makes you happy



domingo, 9 de maio de 2010

Companheiro de espera


As horas vão passando,
E eu cá no meu sítio fico.
Pois de leve vou chorando,
À medida que por ti grito.

Os ponteiros já parecem gastos,
Cansados desta minha dor.
Não é por mal mas já são vastos,
Estes meus gritos de cantor.

Tal e qual como este relógio
Nunca saí daqui,
Sempre estive ao frio e ao relento..
Fui feito com um único propósito,
E esse propósito,
Foi o de sofrer a contar o tempo..

Fomos apredejados sem piedade,
Pois deixámos de contar..
Sei que não é por maldade,
Mas já estamos cansados de esperar..

Esperar pelo nosso momento,
Para voar,
Voar para fora deste Inferno.
Dar-mos asas ao sentimento,
E cantar,
Os poemas do nosso Inverno..



Day 02 - Your least favorite song


Desafio

Antes de mais, obrigado pelo desafio "ann" ;)

- Postar uma música por dia, durante vinte dias, de acordo com uma lista já distipulada:

Day 01 - Your favorite song
Day 02 - Your least favorite song
Day 03 - A song that makes you happy
Day 04 - A song that makes you sad
Day 05 - A song that reminds you of someone
Day 06 - A song that reminds of you of somewhere
Day 07 - A song that reminds you of a certain event
Day 08 - A song that you can dance to
Day 09 - A song that makes you fall asleep
Day 10 - A song from your favorite band
Day 11 - A song that no one would expect you to love
Day 12 - A song that describes you
Day 13 - A song from your favorite album
Day 14 - A song that you listen to when you’re angry
Day 15 - A song that you listen to when you’re happy
Day 16 - A song that you listen to when you’re sad
Day 17 - A song that you want to play at your wedding
Day 18 - A song that you want to play at your funeral
Day 19 - A song that makes you laugh
Day 20 - Your favorite song at this time last year




- Desafiar mais 10 blogs:

http://graf-fite.blogspot.com/
http://pequenos-grandes-momentos.blogspot.com/
http://omeumundojprf.blogspot.com/
http://palavraspelametade.blogspot.com/
http://beatrizscruz.blogspot.com/
http://washmyteeths.blogspot.com/
http://jessycapatricia.blogspot.com/
http://memoriasperdidaslua.blogspot.com/
http://vitorcarneiroblog.blogspot.com/
http://sownew.blogspot.com/




Day 01 - Your favorite song



Entro em transe, e de mais nada quero saber, de mais nada quero ligar. Sou só eu, e esta minha música.
Que me faz fechar os olhos, e abrir as percianas da minha mente. Que faz isolar a minha presença e presenciar este meu corpo, este meu coração que explode por cada segundo que estas notas musicais tocam. Que me faz perder no tempo e navegar entre a alma de todos os artistas que fazem a questão de que a música funciona, que fazem a questão de hipnotizar quem quer que a ouça, como eu. É isto que a que chamo de música favorita, é a isto, que dou o nome de pura paixão musical.

sábado, 8 de maio de 2010

Hoje sou outro

Ao som da música, desta doce e selvagem música, transformo-me. Transformo-me naquilo que ninguém espera, naquilo que nem mesmo eu espero. Ao fechar os olhos, e navegar por esta minha mente imunda, vejo e deparo-me com tantas transformações, que seria impossível descrevê-las a todas. Mas hoje, sou apenas esta. Sou apenas a minha própria sombra e pensamento, conjugadas numa só transformação. Numa só tentação que nem eu próprio sei saciar, que nem eu próprio sei exterminar..
Amanhã, escrevei palavras com outros pensamentos, com outras sombras. Mas hoje, escrevo apenas isto, porque sinto necessidade, porque quero escrever. Escrevo porque a minha transformação de hoje exige que eu escreva.
Hoje, sou só eu, mais a minha transformação..

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Não me percebo, não me entendo.


Estou sentado sobre uma ponte,
De manga curta e ao relento.
Os meus olhos galgam o horizonte,
À medida que escuto o vento.

Estou aqui, sentado,
Ao sabor do sentimento.
Procuro esconder o passado,
Procuro amar cada momento.

Tento fingir que nada se passou,
Escondendo-me aqui, nas paredes desta casa.
Aquela cicatriz que me marcou,
Vai crescendo e nunca mais passa.

Não percebo,
Não entendo.
Este fardo que carrego, pesado e inexplicável,
Vai-me matando a cada dia,
E a cada dia vou morrendo,
Cada vez mais.
Não percebo,
Não entendo.

Faço-me de ignorante,
Semeando tempestades na minha mente.
Aquele ser, que é falante,
Vai-me mentido, e eu tenho que mentir a toda gente.

Relata que já morri
E que já moro entre o inferno.
As palavras que nunca vi,
Mentiram, e aprisionaram-me neste caderno..

As palavras que aqui relato,
São inimigas do meu fardo.
Protegem-me do internato,
Mas aprisionam-me, nas paredes deste meu quarto..

Já não tenho tinta suficiente
Para descrever esta minha dor..
Agora, a tempestade na minha mente,
Vai destruir, cada reservatório do meu amor..

Peço desculpa às minhas rimas,
Mas vou continuar a lutar.
Chamarei a coragem, para interferir nas minhas vidas,
E aí, quando conseguir, cá voltarei, para vos voltar a encantar..