quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Paris.


Quem me dera, puder saber desenhar,
Transformar uma cidade do tamanho de um polegar.
Mas a Cidade da Luz, é algo diferente,
É algo de misturas, é algo fria, algo quente.
Não literalmente, mas uma metáfora que não é para toda a gente.
Eloquente, presente e com história,
E tem um jeito único, que seduz a memória;
Detalhada, versátil, grande e maravilhosa,
Com tons em cinzento e com um aroma a rosa;
Escrita em prosa, é uma verdadeira artista,
Arrepia-me e apela à minha veia de liricista.
Viro alpinista, cada vez que a inspiro,
Nascem-me sonhos que, de seguida, fogem num suspiro.
Novamente, inspiro, expiro,
E lentamente respiro, despejando o suspiro neste caderno de papiro.

Improvisos 6

São 05:12 da manhã, do dia 21 de Agosto,
Viajo à luz da lua e com algum sono no rosto;
Longo é o caminho, e curta é a estadia,
Na casa de alguém de quem me orgulho hoje em dia.
Vai demorar cerca de um dia, a chegar a Paris,
Mas só pelo facto de lá ir já me deixa feliz;
Afastar-me daqui, inspirar outro ar,
Mas levo saudades dos amigos que irão ficar.
Quem me dera, pudê-los trazer comigo,
Aquele grupo reservado que é mais que o seu umbigo.
E estou a incluir os recentes, aqueles decentes cientes,
Aqueles que para este meu rio, já são afluentes;
Influentes, todos eles e elas são importantes,
Marcantes, desempenham o papel de constantes.
Bom, parar com as lamechises e dormir um bocado;
Porque a viagem é longa e já estou desgastado..
Até breve minhas folhas, meu caderno, meu confidente,
Peço desculpa, mas vou ficar um bocado ausente.